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terça-feira, 23 de abril de 2013

Carros velhos vão sair de linha


O mercado brasileiro vai perder pelo menos cinco carros considerados dinossauros, modelos antigos que até agora resistiram à avalanche de lançamentos promovida nos anos mais recentes pela indústria automobilística. Até o fim do ano saem da linha de produção Kombi, Gol G4, Mille, Fiorino e Courier.
Alguns serão substituídos por veículos globais, outros deixarão os consumidores sem nova opção. O fim da produção não é necessariamente por motivo de baixa demanda no mercado, mas incapacidade de evoluir tecnologicamente.
O ícone desse grupo é a Kombi. Aos 55 anos, é o veículo mais antigo em produção no mundo e lidera as vendas do segmento de furgões. Apesar da idade avançada, é o furgão mais vendido no País e somente sairá de cena por não ter estrutura para receber airbag e freios ABS, itens de segurança que passam a ser obrigatórios em todos os carros brasileiros a partir de 2014.
No ano passado, a Volkswagen vendeu 26 mil unidades da Kombi, o que garantiu ao modelo participação de 33% num segmento disputado por 23 produtos. O segundo colocado, o Fiat Ducato, vendeu menos da metade (10,1 mil unidades), ou 12,9% de um total de 78,7 mil furgões. No primeiro trimestre deste ano, a Kombi teve vendas de 5.390 unidades.
Desde o início da produção, em setembro de 1957, foram vendidas no Brasil mais de 1,5 milhão de unidades da Kombi. A Volkswagen ainda estuda uma substituta para a perua, feita em São Bernardo do Campo (SP).
Outro dinossauro, o Fiat Mille, lançado há 29 anos inicialmente como Uno, também está com os dias contados por não atender às novas normas de segurança. Junto com ele, saem o Uno Furgão e a Fiorino.
No mercado há 25 anos, a Fiorino é outra líder no seu segmento, o de furgões pequenos, com 44,8% de participação. No ano passado, vendeu 14,3 mil unidades entre nove concorrentes. No passado, o modelo foi exportado para a Europa com airbag, mas o custo para colocar o equipamento na versão brasileira não compensaria, afirmam analistas.
O Mille foi mantido no mercado após a chegada do novo Uno, em 2010, como opção de modelo de entrada, o mais barato da marca. Atualmente, tem preço sugerido de R$ 21.990, mais caro apenas que o Ford Ka, vendido a R$ 21,8 mil.
O antigo popular da Fiat, contudo, terá substituto a ser produzido na fábrica de Betim (MG) no segundo semestre de 2014, segundo fontes do mercado. A empresa não comenta o projeto.
O Volkswagen Gol G4, o mais novo desse grupo, com apenas oito anos, deixa o mercado para dar espaço ao up!, subcompacto global que a montadora começará a produzir no segundo semestre na fábrica de Taubaté (SP). O G4, vendido a R$ 25,1 mil, é outro que tem a função de disputar o segmento de entrada e foi mantido no portfólio mesmo após a chegada da nova geração do Gol, a G5, em 2008.
O G4 representa cerca de 18% das vendas do Gol, também somadas às do G5. O modelo é líder de vendas no País há 26 anos. Em 2012, foram 293,3 mil unidades e, neste ano, até março, 57,2 mil, ou 12,9 mil unidades à frente do segundo colocado, o Uno.
A Ford Courier, com 15 anos, sai de linha em razão da pouca procura. Foram vendidas apenas 7,2 mil unidades no ano passado. A líder no segmento, a Fiat Strada, vendeu 117,4 mil.
Fonte: Estadão.com

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